Qual é o perfil das organizações familiares brasileiras? Quais são as suas expectativas em relação ao mercado? Que desafios e estratégias essas empresas vislumbram para o futuro? Foi para responder questões como essas que a KPMG produziu a pesquisa Retratos de Família: Um Panorama do Histórico e Perspectivas das Empresas Familiares Brasileiras. Realizada em 2015 com o apoio da ACI Institute e do Board Leadership Center, a pesquisa foi apresentada em 28 de junho no Instituto Ling, em Porto Alegre, em parceria com o Instituto Sucessor, para uma plateia de executivos, líderes, empresários e formadores de opinião.
O estudo reuniu dados coletados em 201 empresas brasileiras (sendo 30 do Rio Grande do Sul) enquadradas no seguinte perfil:
Entre outros dados, a pesquisa evidenciou a relevância dada a questões como a separação entre o interesse do negócio e o interesse da família, além da necessidade de uma governança estruturada e a importância da preparação e do treinamento do sucessor dentro do family business.
As empresas analisadas, de acordo com a KPMG, encontram-se, em certa medida, profissionalizadas. Temas como o Código de Ética e Conduta, a diversidade e as mulheres da família em cargos de gestão, no entanto, ainda devem ser mais discutidos e fortalecidos.
Quanto aos atributos procurados em um conselheiro independente, foi identificado que os entrevistados buscam profissionais com conhecimento em estratégia, finanças, experiência no setor, experiência anterior na posição de conselho e conhecimento em gerenciamento de riscos.
Algumas conclusões apresentadas na pesquisa apontam que, como a quantidade de membros da família aumenta exponencialmente a cada geração, ela precisa estabelecer uma estrutura adequada de governança e de desenvolvimento do negócio de forma a atingir o crescimento e a lucratividade esperada.