Finanças: Como proteger e maximizar seu patrimônio

A preservação do patrimônio é um processo dinâmico e a família empresária necessita preparar-se para isso da mesma forma que para gerir o negócio. Sem um planejamento e uma gestão adequada, a riqueza construída com muito esforço pode ser perdida em uma ou duas gerações. Para esclarecer alguns pontos deste assunto, a revista VOA conversou com especialistas da Azimut Brasil Wealth Management, empresa que analisa, assessora e administra investimentos de pessoas físicas de acordo com as necessidades do presente e do futuro que cada cliente vislumbra para si.

por Gabriela Marcon e Hana Witt


Quanto mais o patrimônio é gerido da forma correta, com investimentos adequados ao montante de recursos de uma pessoa, família ou empresa, mais estabilidade ele adquire. Ao evitar perdas geradas por equívocos na administração, a gestão de patrimônio traz mais segurança, aplicações mais lucrativas e aumento dos rendimentos. Representa não apenas manter o patrimônio protegido, mas torná-lo maior.

São vários os instrumentos financeiros de proteção do patrimônio disponíveis no mercado. A escolha vai depender do perfil de risco, da necessidade e da maturidade de cada um. “O cliente financeiramente maduro demanda mais proteção, como seguro de vida e previdência privada, exigindo um pacote mais completo de gestão patrimonial”, afirma o agente de investimentos Tiago Falavigna De Biasi, que há três anos e meio está à frente do escritório da Azimut Brasil Wealth Management na Serra Gaúcha.

Conforme Tiago, a principal razão que motiva as pessoas a querer proteger seus bens está ligada ao momento da vida pelo qual se está passando e às estratégias para garantir que nada falte na velhice. “É fundamentalmente uma questão de segurança, de solidez financeira para o futuro, principalmente de quem se encontra na faixa-etária acima dos 40 anos. E é importante se questionar sobre as possibilidades de melhorar a gestão de patrimônio”.

Com 30 anos de atuação no mercado e presente em 18 países, o Grupo Azimut foi fundado na Itália e é um dos maiores gestores de recursos independentes da Europa. No Brasil atua há seis anos, contando também com a Azimut Brasil Wealth Management – unidade de negócios voltada à gestão de patrimônio de pessoas físicas de alta renda, atualmente com um total de R$8 bilhões sob sua gestão no País.

“Existem algumas formas de fazer gestão patrimonial, com ativos líquidos e ilíquidos. Uma família com muitos recursos tende a diversificar a liquidez em diversas instituições, além de ter um patrimônio imobilizado (imóveis, terrenos, obras de arte) e, às vezes, participações em outras companhias. Gestão do patrimônio é você gerir essa massa de ativos, observando o cliente de forma holística e montando estruturas eficientes do ponto de vista tributário e sucessório”, afirma o CEO da Azimut Brasil Wealth Management, Antonio Costa.

O processo de investimentos inicia com uma reunião em que são definidas as necessidades da família investidora e seus objetivos. A partir daí, traça-se uma estratégia personalizada e se sugere a alocação mais adequada e um portfólio com uma seleção customizada de ativos para a composição da carteira. Alguns aspectos a serem levados em consideração são: perfil da família investidora incluindo seus objetivos; tamanho da família; qual estratégia a ser adotada com a gestão do patrimônio a longo prazo ou não; se os membros da família são conservadores ou arrojados; se há ou não diversificação; se há ou não restrição de investimento, e quais são as áreas prioritárias para investir.

Nesse sentido, Antonio Costa orienta que o primeiro passo que um empresário deve dar é escolher um bom advisor, que são pessoas ligadas a uma empresa de gestão patrimonial. Com um advisor de total confiança, a familia consegue abrir as informações de forma transparente, incluindo seus anseios, suas necessidades e expectativas, sua tolerância à riscos, o seu perfil propriamento dito. “O processo começa com uma avaliação detalhada do perfil dos clientes, suas características e preferências individuais. Na gestão do patrimônio, a gestora vai indicar as melhores estruturas de acordo com o perfil e o volume de cada um. Por exemplo, se há uma estrutura que é cara e não vale a pena pelo volume, é melhor partir para uma simplificação adequada ao tamanho do patrimônio”, explica.

FAMÍLIAS EMPRESÁRIAS

Existem particularidades da gestão de patrimônio de famílias empresárias. Quando uma gestora de patrimônio estiver se posicionando para trabalhar com uma empresa familiar, que tenha herdeiros e sucessores, ela deve montar estruturas de acordo com os anseios de cada um. Muitas vezes, o próprio patriarca quer gerir a liquidez e distribuir dividendos para os herdeiros. Outras vezes, ele já fez a distribuição do patrimônio em vida e cada um vai fazer a gestão da maneira que achar melhor. “Quando o dinheiro já foi repartido, cada um tem a sua vontade própria de fazer o que quiser, como quiser e onde quiser. Quando você ainda tem os recursos e as ações nas mãos, sob controle do fundador, a estrutura vai ser montada para ele, que vai se precaver de algumas coisas e se preparar para um evento sucessório ou de liquidez”, diz o CEO.

Para Antonio Costa, é importante selecionar de forma criteriosa o advisor e observar se a empresa que é contratada para gerir o patrimônio tem ou não conflitos de interesses. Segundo ele, a consequência da falta de um bom advisor é haver, justamente, uma má gestão do patrimônio, com perda de recursos diante de uma estrutura inadequada para aquela realidade. “As pessoas que têm patrimônio e não contam com uma gestão adequada podem correr riscos desnecessários, acima da sua própria tolerância, pois não tem ao seu lado um especialista para oferecer o suporte necessário”, acrescenta.

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