Considerando que as incertezas e as mudanças de cenário em que vivemos aumenta a complexidade do papel do líder, o tema vem sendo destaque de várias revistas. Na edição 1108 da Exame e na 114 da HSM Management são apresentados dados e discussões sobre liderança e a importância em investir no engajamento dos líderes para o aumento da produtividade nas organizações.
Com a necessidade urgente de melhorarmos a competitividade de nossas empresas, é interessante analisarmos com atenção dados da pesquisa Worldwide Employees Engaged, realizada pelo Instituto Gallup, que mostra uma correlação direta entre o engajamento das pessoas e a produtividade.
O estudo analisou o resultado de 49 empresas americanas de capital aberto de 2008 a 2012. Dentre essas empresas, o grupo que apresentava um índice maior de funcionários engajados apresentou uma recuperação mais vigorosa no período pós-crise.
Esse dado nos alerta para a condição atual das empresas brasileiras – precisamos manter o investimento na formação das pessoas para sermos capazes de sair da crise vencedores. O professor pesquisador e membro da UNESCO Leo Fernando Bruno comenta em suas palestras que “liderança é um artigo de luxo no planeta e a única solução passa pela educação”. No entanto, os dados em destaque na Revista Exame apontam justamente para a falta de investimentos por parte das empresas brasileiras para a formação de seus líderes.
Outra abordagem sobre o tema foi feita pela HSM Management em sua edição 114. A revista apresentou três modelos de líder: o integral, que deve combinar os papéis de gestor, dirigente e promotor de engajamento; o equilibrado, que precisa ter harmonia em todas as dimensões da vida; e o empresário, que precisa desenvolver atitudes que o permitam enxergar o negócio de uma forma macro e orientada por propósitos.
Na edição 23 da revista Soluções, por sua vez, o destaque é para a entrevista com o professor Paulo Villamarim. Ele afirma que o mercado requer líderes mais polivalentes, que apontem soluções e gerem resultados efetivos por meio de competências como visão sistêmica, resiliência, adaptabilidade, flexibilidade, e capacidade de lidar com sistemas ambíguos e contraditórios.
Villamarim chama atenção para o fato de que faltam líderes nas famílias, nas organizações empresariais e nos governos. Para o professor, a solução está em criar contextos capacitantes e explorar exemplos que estimulem a adoção de um perfil mais humano.
Precisamos desenvolver e alinhar as lideranças ao perfil de nossas empresas e necessidades, sem negligenciar os investimentos para a formação desses gestores – e sem esquecer que entre a decisão de capacitação e o efeito esperado existe um TEMPO necessário para se alcançar os RESULTADOS.